quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Criminoso da ditadura não pode ter cargo público, diz ministra.

SÃO PAULO - A ministra de Direitos Humanos, Maria do Rosário, disse nesta sexta-feira, 15, em São Paulo que pessoas envolvidas em situação de morte, tortura e desaparecimento forçado no período da ditadura militar não devem ocupar funções públicas. Ela fez a afirmação ao responder a uma pergunta sobre as denúncias de que o atual presidente da Confederação Brasileira de Futebol, José Maria Marin, teria contribuído para a morte do jornalista Vladimir Herzog.

"Eu penso que todas as pessoas que comprovadamente estiveram envolvidas em situação de morte, tortura e desaparecimentos forçados não devem ocupar funções públicas no País", afirmou. "Porque os que cometeram - e se cometeram comprovadamente estes atos -, traíram qualquer princípio ético de dignidade humana e não devem ocupar funções de representação."
A ministra não citou o nome de Marin e fez questão de enfatizar que as denúncias precisam ser comprovadas. Ela esteve em São Paulo para participar da cerimônia realizada na USP para homenagear o estudante Alexandre Vannuchi Leme, morto sob tortura em 1973, e também para entregar oficialmente à família do jornalista Vladimir Herzog, também morto sob tortura, em 1975, o novo atestado de óbito.
A viúva de Herzog, Clarice, também falou na ocasião sobre a polêmica em torno de Marin. Lembrou que, pouco antes de Vladimir assumir seu cargo na TV Cultura, em 1975, o jornalista Claudio Marques, que assinava uma coluna num jornal semanal de São Paulo, escreveu que aquele emissora estava sendo tomada por comunistas.

Fonte: Estadão.br

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