quarta-feira, 24 de abril de 2013

PF pede quebra de sigilo do 'faz-tudo' de Lula e ouve operador do mensalão.

Valério prestou depoimento nessa terça-feira; no ano passado, ele afirmou a procuradores que depositou dinheiro na conta de empresa do amigo do ex-presidente para pagar despesas do petista.

BRASÍLIA - A Polícia Federal vai pedir a quebra do sigilo bancário de Freud Godoy, segurança e assessor pessoal do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A medida faz parte do inquérito instaurado para desvendar o caminho percorrido pelos recursos distribuídos no esquema do mensalão e é também um desdobramento do depoimento prestado pelo empresário Marcos Valério Fernandes de Souza à Procuradoria-Geral da República em setembro do ano passado. Valério afirmou que o mensalão bancou despesas pessoais de Lula. O ex-presidente afirma que é mentira.
Ontem, Valério prestou novo depoimento à PF em Brasília. O operador do mensalão deixou a sede da polícia por volta das 16 horas. O inquérito aberto vai rastrear supostos repasses do mensalão para o ex-presidente. A PF também deve ouvir o auxiliar de Lula nos próximos 10 dias, em São Paulo.
O pedido de quebra de sigilo de Godoy será encaminhado ainda nesta semana à Justiça Federal de Minas Gerais. No ano passado, Valério disse aos procuradores ter passado dinheiro para Lula arcar com "gastos pessoais" no início de 2003, quando o petista já havia assumido o Planalto. Os recursos foram depositados, segundo Valério, na conta da empresa de segurança Caso, de propriedade de Godoy, ex-assessor da Presidência e uma espécie de "faz-tudo" de Lula. O ex-presidente nega ter recebido dinheiro do esquema.
Em 22 de fevereiro, o procurador da República Leonardo Augusto Santos Melo solicitou à PF que detalhasse o destino dos recursos do mensalão. No ofício encaminhado à Superintendência da PF em Minas, o procurador transcreveu trechos do depoimento de Marcos Valério e que foi revelado pelo Estado. Uma das grandes dificuldades da investigação será driblar a possível ausência de arquivos bancários anteriores a 2008. Normas do Banco Central indicam a obrigação de armazenamento pelo período de cinco anos, no mínimo.
Além de Freud, a PF quer ter acesso aos dados bancários de outras 25 pessoas físicas e jurídicas que também receberam dinheiro das empresas de Valério, condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 40 anos de prisão por envolvimento no mensalão.
Ao todo, cerca de 200 pessoas e empresas foram beneficiárias dos negócios do operador do esquema. Parte dos dados já estão sendo periciados por uma equipe da Polícia Federal em Minas.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

O sertanejo sitiado pela seca é antes de tudo um frágil dependente das vigarices forjadas por espertalhões federais.


A seca no Nordeste é a maior dos últimos 50 anos e não tem prazo para terminar. Além da chuva e do caminhão-pipa, incontáveis brasileiros esperam sentados pelas águas do São Francisco que Lula prometeu para 2006, 2008 e 2010 mas continuam onde sempre estiveram. “Esta é uma das maiores obras já feitas no mundo que beneficiará 12 milhões de pessoas, o que significa vida e que nossos filhos não serão vítimas de doenças”, desandou Dilma Rousseff há quatro anos, numa das escalas da expedição de ministros liderada pelo chefe supremo (veja o post no Vale Reprise).
Ainda no comando da Casa Civil, o neurônio solitário naufragou de vez no fecho do falatório: “O sertão está virando mar e desta vez o sertão vai virar mar”. Conversa de 171. As carcaças de animais, a terra esturricada e os rostos mumificados antes da morte física e os canteiros de obras em frangalhos atestam que o sertão só virou mar em palavrórios eleitoreiros.
Incumbida de concluir o que o padrinho mal começou, a Mãe do PAC deixou na orfandade o colosso forjado para transformar um palanque ambulante em D. Pedro III (ou simplesmente “Predo”). Os canteiros de obras desertos confirmam que a transposição do São Francisco descansa no porão onde o trem-bala apita desde 2009. A presidente preferiu achou tapear o povo com vigarices menos complicadas.
Por exemplo, mudar o nome do problema, aumentar a gastança com a  “bolsa-estiagem” e nadar de braçada no oceano de flagelados que pagam com votos as esmolas federais. “O sertanejo é antes de tudo um forte”, escreveu Euclides da Cunha no começo do século 20. Passados 100 anos, o sertanejo castigado pela seca é antes de tudo um dependente de favores engendrados por espertalhões no poder.
Conformado com o ofício de bolsista, parece satisfeito com a vida não vivida: não morrer de fome e de sede já está de bom tamanho. O voto dos desvalidos ficou bem mais barato que o apoio dos ricos, porque o governo que jura só pensar nos pobres anda cada vez mais ágil e mais pródigo na hora de estender a mão a bilionários em apuros. Nesta semana, por exemplo, durante a troca de ideias sem pé nem cabeça com o roqueiro Bono Vox, Lula repetiu que tirou 35 milhões de brasileiros da miséria.
Também informou que, com o dinheiro desperdiçado em guerras pelo imperialismo ianque, acabaria com a pobreza no mundo. Talvez conseguisse que todos os habitantes do planeta usassem de fraque, cartola e polainas se aplicasse nesse projeto as fortunas embolsadas pelos corruptos que protege e a dinheirama torrada no pronto-socorro financeiro montado para impedir que Eike Batista continue despencando no ranking da Forbes.
Em Londres, o camelô de empreiteiro reafirmou que tem algo a dizer sobre tudo, com exceção do escândalo protagonizado em parceria com Rosemary Noronha e das denúncias que o envolvem na roubalheira do mensalão. Em Brasília, entre um e outro passeio pelo exterior, Dilma faz de conta que administra uma Noruega com sol, praia, carnaval e Copa do Mundo.
A inflação engordou mais um pouco? O PIB continua emagrecendo? A produção industrial caiu de novo? Nada que uma boa conversa com Delfim Netto e Luiz Gonzaga Belluzzo não resolva. Os apagões se sucedem? Que se acrescente alguns centavos de desconto na tarifa de energia. A Petrobras foi reduzida a uma usina de números perturbadores e falcatruas de dimensões amazônicas? Que se encomende ao marqueteiro João Santana um anúncio de página inteira festejando a fantasia do pré-sal.
Quem finge que entende uma presidente que não diz coisa com coisa engole sem engasgos qualquer embuste. O brasileiro deste começo de século, pelo menos o que mora no paraíso desenhado por pesquisas de popularidade, é antes de tudo um crédulo. Acredita no que não existe, acha admirável o que ninguém vê e, ultimamente, deu de entusiasmar-se com legados imaginários.
O que sobrou do legado do Pan-2007 vai sendo demolido. O Engenhão foi fechado antes que sucumbisse a uma ventania. O Maracanã terá de ser reformado assim que for encerrada a reforma em andamento. Os estádios planejados para a Copa de 2014 não estão prontos, os novos aeroportos nem saíram do papel e os antigos estão a poucas milhas do colapso.
Em compensação, a ferradura do Itaipava Fonte Nova, na opinião de Dilma, é uma ousadia arquitetônica que reduz a trabalho de estagiário a mais audaciosa criação de Oscar Niemeyer. E tudo vai dar certo, repetem a presidente e o presidente-adjunto. O Brasil Maravilha demora, atrasa, complica e rouba, mas faz. Neste outono, anda fazendo coisas de que até Deus duvida.
Por decisão do Planalto, acabam de ser promovidos a segredos de Estado os empréstimos concedidos pelo BNDES aos companheiros no poder em Cuba e Angola. Só em 2027 serão conhecidas as tenebrosas transações monitoradas pelo inevitável Fernando Pimentel, ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Sobram bandidagens a investigar e problemas de grosso calibre a resolver. Faltam interessados em enfrentá-los.
O governo mente. A oposição continua de férias. E aos olhos da plateia, como registra o comentário de 1 minuto para o site de VEJA,  nada parece mais importante que o Fla-Flu de terceira  divisão disputado pelas torcidas dos deputados Jean Wyllys e Pastor Feliciano. O espaço reservado ao assunto é tanto que notícias relevantes acabam escondidas em alguns centímetros de jornal ou comprimidas em menos de meio minuto na TV.
Talvez por isso, a maioria dos brasileiros ainda não descobriu que o governo só gasta: todas as despesas são bancadas pelos pagadores de impostos. E poucos souberam que vai terminando agora a estação das chuvas que não vieram. Nem virão tão cedo: começam em abril os meses de estiagem no sertão nordestino. A maior das secas desde 1963 está longe do fim.

PF instaura inquérito para apurar envolvimento de Lula com mensalão.


A Polícia Federal instaurou na noite de ontem um inquérito para investigar se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve participação no escândalo do mensalão. A investigação ficará a cargo da delegacia de crimes financeiros.
Na semana passada, a Procuradoria da República do Distrito Federal havia determinado a abertura da investigação baseada no depoimento do operador do mensalão, o publicitário Marcos Valério.

Matéria completa. Folha de S. Paulo

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Drauzio Varela e Carandiru, ao persistirem os sintomas um Advgado e outro médico de verdade deve ser consultado.

Seguir idéias e conselhos do Dr. Varella é bom quando ele fala do que sabe e entende: a medicina. No mais, cuidado!

No caso do Carandiru (tema tão atraente para o Dr. Dráuzio), cada vez que ele fala ou escreve revela grande desconhecimento do assunto.

Por ele trazer o Carandiru como um assunto recorrente, os sintomas de seu desconhecimento nesse caso são persistentes, portanto, ao/persistirem/os/sintomas/um/ADVOGADO/deverá/ser/consultado.

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