Carlos Newton
Em função das novas denúncias envolvendo a ex-chefe do Gabinete da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Nóvoa Noronha, agora suspeita de fazer tráfico de influência também no Banco do Brasil, o ex-presidente Luiz Inacio Lula da Silva já mudou os planos de definir até o dia 15 de janeiro o roteiro de viagens que pretende fazer pelo País em 2013.
Lula tinha resolvido que neste ano viajará por vários Estados brasileiros, a pretexto de “retomar a política partidária e fortalecer o PT”, porque durante 2012 teve de manter um comportamento mais retraído em razão do tratamento contra um câncer na laringe.
“Vamos montar uma boa agenda no Brasil adentro, não afora”, chegou a anunciar Clara Ant, diretora do Instituto Lula, durante a posse do petista Fernando Haddad como prefeito de São Paulo, no dia 1º. Como se sabe, Ant é responsável pela agenda do ex-presidente. “Ele estará mais presente no Brasil”, completou.
Ant negou que o roteiro seja uma retomada das Caravanas da Cidadania, viagens feitas por Lula pelo País nos anos 90, com motivos eleitorais, durante as quais era acompanhado pela imprensa.
Mas agora o planejamento do Instituto Lula mudou e o início das viagens está adiado “sine die”, com se dizia antigamente. Motivo: se o ex-presidente aparecer em público, a imprensa irá logo entrevistá-lo sobre o caso Rose e também sobre as novas denúncias do publicitário Marcos Valério, operador do esquema de corrupção parlamentar do mensalão, que desta vez acusa diretamente Lula.
A prioridade total do PT e do Instituto Lula é blindar o ex-presidente, colocando em prática na mídia um plano de “desconstrução” das acusações de envolvimento dele no caso do mensalão.
Matéria completa em: Tribuna da Imprensa.
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