Este Blog foi criado com a intensão de informar, lembrar, avisar, falar bem ou falar mal dos políticos.
sexta-feira, 26 de outubro de 2012
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
“Decretem nossa extinção e nos enterrem aqui”
A declaração de morte coletiva feita por um grupo de Guaranis Caiovás demonstra a incompetência do Estado brasileiro para cumprir a Constituição de 1988 e mostra que somos todos cúmplices de genocídio – uma parte de nós por ação, outra por omissão.
- Pedimos ao Governo e à Justiça Federal para não decretar a ordem de despejo/expulsão, mas decretar nossa morte coletiva e enterrar nós todos aqui. Pedimos, de uma vez por todas, para decretar nossa extinção/dizimação total, além de enviar vários tratores para cavar um grande buraco para jogar e enterrar nossos corpos. Este é o nosso pedido aos juízes federais.
ELIANE BRUM.
Matéria completa em: Época
sexta-feira, 19 de outubro de 2012
Construção de ferrovia (Fantástico)
Construção de ferrovia 2 km por dia
VOCÊ NUNCA VERÁ UMA MÁQUINA DESTAS NO BRASIL, SABE POR QUE?
AS OBRAS SERIAM RÁPIDAS, BARATAS E TERÍAMOS UM PAÍS CORTADO POR FERROVIAS EM POUCOS ANOS. E OS ACOSTUMADOS A ENRIQUECER COM FALCATRUAS E PROPINAS TERIAM GRANDES DIFICULDADES PARA ISSO. AGORA VOCÊ CONCORDA COMIGO?
Veja este vídeo incrível. Clique aqui.
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quinta-feira, 18 de outubro de 2012
Supremo não está se excedendo no julgamento do mensalão do PT, diz Teori
Em sabatina de 3 horas na CCJ do Senado, futuro ministro da Corte defendeu uso de provas indiretas no mensalão
provado ontem pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado para ocupar cadeira no Supremo Tribunal Federal, o ministro Teori Zavascki disse ontem que a Corte “não está se excedendo” no julgamento do mensalão a
provado ontem pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado para ocupar cadeira no Supremo Tribunal Federal, o ministro Teori Zavascki disse ontem que a Corte “não está se excedendo” no julgamento do mensalão a
o admitir “provas indiretas” para condenar os réus. O nome de Zavascki, indicado pela presidente DILMARousseff, foi aprovado por 18 votos – houve apenas uma abstenção. A decisão terá que passar pelo crivo do Senado em plenário. Com a recomendação de votação em regime de urgência, a Casa optou por votar o assunto na próxima sessão que tiver quórum.
Em mais de três horas de perguntas, Zavascki avaliou que o STF está conduzindo bem o julgamento. “Qualquer tipo de prova tem que ser conjugada em seu conjunto, em cada caso. O valor de cada prova produzida depende da harmonização, se ela é ou não convincente. E não acredito que o STF esteja se excedendo, ele está observando essa lógica.”
Zavascki foi contundente ao dizer que um juiz não deve ser convocado para depor em Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) a fim de explicar decisões, assim como um parlamentar não deve ser indiciado para falar sobre opções políticas. A questão foi levantada por causa da polêmica com o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, quando a CPI do Cachoeira cogitou a sua convocação sob a justificativa da sua suposta demora em apresentar a denúncia sobre o caso. Como alternativa, Zavascki falou em “colaboração”. “Em nome da independência dos Poderes, não seria cabível indiciar representantes de outros Poderes, mas o dever de colaboração é importante.”
Diante da discussão sobre o poder de investigação do Ministério Público, o sabatinado saiu em defesa do órgão: “Não acho que deva ter monopólio investigativo pela polícia”. E argumentou: “Como então iríamos explicar a CPI, ou órgãos de controladorias, o Coaf, o Banco Central? Uma ação penal pode começar sem inquérito policial. Mas o MP não pode começar inquéritos policiais”.
Ao ser indagado sobre qual era sua opinião sobre o foro privilegiado ao qual parlamentares têm direito, disse que, apesar de já ter visto autoridade fazendo questão de ser julgada em 1.ª instância para garantir o maior número possível de avaliações, opinou que o STF é o órgão que dispõe de mais resistência a pressões a favor e contra réus.
Em mais de três horas de perguntas, Zavascki avaliou que o STF está conduzindo bem o julgamento. “Qualquer tipo de prova tem que ser conjugada em seu conjunto, em cada caso. O valor de cada prova produzida depende da harmonização, se ela é ou não convincente. E não acredito que o STF esteja se excedendo, ele está observando essa lógica.”
Zavascki foi contundente ao dizer que um juiz não deve ser convocado para depor em Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) a fim de explicar decisões, assim como um parlamentar não deve ser indiciado para falar sobre opções políticas. A questão foi levantada por causa da polêmica com o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, quando a CPI do Cachoeira cogitou a sua convocação sob a justificativa da sua suposta demora em apresentar a denúncia sobre o caso. Como alternativa, Zavascki falou em “colaboração”. “Em nome da independência dos Poderes, não seria cabível indiciar representantes de outros Poderes, mas o dever de colaboração é importante.”
Diante da discussão sobre o poder de investigação do Ministério Público, o sabatinado saiu em defesa do órgão: “Não acho que deva ter monopólio investigativo pela polícia”. E argumentou: “Como então iríamos explicar a CPI, ou órgãos de controladorias, o Coaf, o Banco Central? Uma ação penal pode começar sem inquérito policial. Mas o MP não pode começar inquéritos policiais”.
Ao ser indagado sobre qual era sua opinião sobre o foro privilegiado ao qual parlamentares têm direito, disse que, apesar de já ter visto autoridade fazendo questão de ser julgada em 1.ª instância para garantir o maior número possível de avaliações, opinou que o STF é o órgão que dispõe de mais resistência a pressões a favor e contra réus.
José Dirceu comandava núcleo político, afirma relator.
Relator do processo do mensalão no Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa disse ontem, ao iniciar seu voto sobre as acusações de formação de quadrilha, que o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu chefiava o esquema de pagamentos de parlamentares no primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Há nos autos diversos elementos de convicção a indicar que José Dirceu comandava o núcleo político", afirmou Barbosa, que retomará seu voto hoje. A tendência do ministro é condenar Dirceu pelo crime, corroborando a tese da Procuradoria-Geral da República segundo a qual o petista era "chefe de quadrilha".
Trata-se da última das sete "fatias" nas quais o julgamento foi dividido. O STF está acelerando a análise dos casos a fim de concluir os trabalhos na quinta-feira - a três dias do 2.º turno das eleições municipais - sob a justificativa de que o relator fará uma viagem para tratamento médico.
Os depoimentos prestados por réus do mensalão, especialmente do presidente do PTB, Roberto Jefferson, foram ressaltados pelo ministro ontem na tentativa de comprovar que Dirceu era o comandante de um esquema de desvio de recursos públicos e fraudes em empréstimos bancários para a compra de apoio político.
"O que esses diálogos e depoimentos deixam bastante evidente é o nível de hierarquia e subordinação dos demais integrantes do núcleo político em relação a José Dirceu", afirmou Barbosa.
O núcleo político, segundo a denúncia do mensalão, era liderado por Dirceu e composto pelo ex-presidente do PT José Genoino, pelo ex-secretário-geral Silvio Pereira e pelo ex-tesoureiro Delúbio Soares. Dirceu, Genoino e Delúbio já foram condenados por corrupção ativa - Pereira fez acordo com a Justiça e prestou serviços comunitários.
O grupo tinha como função, segundo o Ministério Público, coordenar a ação dos demais grupos que atuaram no esquema.
"Os réus do núcleo político se aliaram aos membros dos núcleos operacional e financeiro objetivando a compra de apoio político de outras agremiações partidárias", afirmou Barbosa, citando também os papéis do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, chamado de operador do mensalão, e os dirigentes do Banco Rural, por onde passou boa parte do dinheiro que foi parar nas mãos de parlamentares.
"Não se está a questionar o fato de articular a formação da base de apoio, mas sim as circunstâncias de essa base ter sido formada com o pagamento de vantagem indevida", disse o relator.
Segundo Barbosa, cabia a Marcos Valério, por exemplo, informar aos dirigentes do Rural a disponibilidade na agenda do então ministro da Casa Civil. Delúbio era, por sua vez, quem indicava os nomes dos deputados que poderiam sacar recursos do esquema no caixa do Banco Rural.
O relator citou as reuniões de Dirceu com empresários e banqueiros, muitas delas intermediadas por Marcos Valério. Encontros que serviram para captar recursos via fraudes e desvio de recursos públicos. Dias após a reunião com o Rural, por exemplo, foram liberados empréstimos para as empresas de Marcos Valério. Esse dinheiro foi parar depois nas mãos de parlamentares indicados por Delúbio.
Outro exemplo foi a viagem de Marcos Valério a Portugal para reunir-se com representantes da Portugal Telecom. De acordo com o Ministério Público, a empresa poderia doar 8 milhões - R$ 24 milhões à época - para o pagamento de dívidas do PT do PTB. Valério foi enviado de Dirceu para essa negociação, conforme Barbosa. "Trata-se de mais um conjunto de elementos de convicção que se somam aos já aqui demonstrados, todos convergentes entre si", afirmou.
O relator leu na sessão de ontem apenas 30 das 100 páginas de seu voto. As 70 restantes serão lidas hoje. Terminado esse último item da acusação, os ministros do Supremo começam a discutir qual pena será imposta a cada um dos condenados.
Fonte: MSN-Estadão
terça-feira, 16 de outubro de 2012
Condenado, Dirceu quer o controle da mídia e do Judiciário
Depois da condenação pelo Supremo Tribunal Federal (STF), os ex-presidentes do PT José Dirceu e José Genoino querem cerceamento da liberdade de imprensa e da independência do Judiciário. Eles afirmaram que são necessárias mudanças na Justiça Brasileira, que os condenou, e nas leis que regem a imprensa, que denunciou o escândalo e informou os cidadãos sobre o esquema de corrupção armado pelo PT para compra de apoio parlamentar – o mensalão.
Em reunião no Diretório Nacional do PT, Dirceu e Genoino incitaram o partido a travar uma luta pela reforma do Judiciário e a regulação da mídia no Brasil. Para convencer os demais petistas a comprar a briga, Dirceu afirmou que não foram eles os condenados pela Justiça, mas o próprio PT.
Numa primeira intervenção, Dirceu cumpriu o script acertado na véspera com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva: o fundamental é a vitória eleitoral. “Mais importante do que discutir o julgamento é ganhar a eleição.”
Quatro horas mais tarde, depois de um inflamado discurso de Genoino e de cobranças de dirigentes petistas, o ex-ministro retomou a palavra. Disse concordar com a avaliação de Genoino de que essa é “uma luta de classes” e pregou o controle da mídia e do Judiciário.
Em reunião no Diretório Nacional do PT, Dirceu e Genoino incitaram o partido a travar uma luta pela reforma do Judiciário e a regulação da mídia no Brasil. Para convencer os demais petistas a comprar a briga, Dirceu afirmou que não foram eles os condenados pela Justiça, mas o próprio PT.
Numa primeira intervenção, Dirceu cumpriu o script acertado na véspera com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva: o fundamental é a vitória eleitoral. “Mais importante do que discutir o julgamento é ganhar a eleição.”
Quatro horas mais tarde, depois de um inflamado discurso de Genoino e de cobranças de dirigentes petistas, o ex-ministro retomou a palavra. Disse concordar com a avaliação de Genoino de que essa é “uma luta de classes” e pregou o controle da mídia e do Judiciário.
segunda-feira, 15 de outubro de 2012
Para Lula, condenação do mensalão do PT é hipocrisia.
Ex-presidente ligou para Dirceu, Genoino e Delúbio e já trata caso do mensalão mineiro como revanche.
“Foi uma hipocrisia”. Assim o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva definiu ontem, em conversas reservadas, a condenação dos réus petistas do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal. Com o ex-chefe da Casa Civil José Dirceu nas cordas, a estratégia de Lula para dar o troco nos adversários consiste, agora, na cobrança diária do julgamento do “mensalão tucano” e na divulgação de malfeitos que teriam sido cometidos por integrantes do PSDB.
Lula orientou o candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, a bater nessa tecla no segundo turno da campanha. A ofensiva, porém, não está circunscrita ao território paulistano. Sempre que a disputa municipal for contra o PSDB, candidatos petistas têm ordem para desconstruir os tucanos no campo da ética.
“Se querem fazer o debate da ética, vamos fazer”, disse Lula a candidatos do PT e a prefeitos eleitos do partido, com quem se reuniu ontem. Depois, pediu aos petistas que não fiquem acuados. “Nós não precisamos ter medo desse confronto porque não abafamos investigações. Não vamos apanhar calados nem deixar nada sem resposta.”
O ex-presidente telefonou ontem para Dirceu, para José Genoino, que comandou o PT de 2003 a 2005, e também para Delúbio Soares, ex-tesoureiro do partido. Foi um gesto de solidariedade para confortar o trio condenado pelo Supremo, que sempre lhe foi fiel.
Nos últimos dias, Lula conversou muito com o ex-chefe da Casa Civil. Em várias ocasiões, traçou estratégias com ele e o aconselhou a manter o silêncio até a eleição. Nos bastidores do PT, a relação entre os dois é definida assim: Lula fala, Dirceu obedece.
A ideia da nota de desagravo ao ex-presidente, assinada no mês passado por dirigentes de partidos aliados, é um exemplo dessa convivência. O manifesto que defendeu Lula das críticas da oposição, em meio ao julgamento do Supremo, foi produzido a seu pedido, mas passou pelo crivo de Dirceu.
Dobradinha. A estratégia de pôr o mensalão tucano na roda também foi planejada com o ex-ministro. A denúncia atinge o ex-presidente do PSDB Eduardo Azeredo, que foi governador de Minas Gerais.
A situação que mais preocupa o ex-presidente, entre os réus do PT, é a de Genoino. Embora Lula seja muito ligado a Delúbio – sindicalista que levou à direção do PT para cuidar das finanças -, a percepção dele é que o ex-deputado foi o mais prejudicado. A amigos, disse sentir-se em dívida com Genoino porque ele não queria comandar o PT e só aceitou a missão a seu pedido.
Em conversa com a presidente DILMA Rousseff no dia 1.º, em São Paulo, Lula reiterou que o calendário do julgamento do mensalão tinha sido produzido sob medida para provocar dano eleitoral ao PT. DILMA concordou. Apesar de afirmar que “o povo não quer saber se tem mensalão, se é corintiano, se é santista ou palmeirense”, Lula estava preocupado. Desde domingo, porém, começou a mostrar alívio. O PT teve bom desempenho nas urnas e Haddad, seu afilhado, conseguiu ultrapassar um obstáculo e chegar ao segundo turno.
A passagem de Haddad para a próxima etapa da disputa, ressuscitando o tradicional embate entre o PT e o PSDB, foi como um bálsamo para Lula. Agora, ele quer reunir a tropa petista para tentar virar o jogo, fustigando o mensalão tucano.
“Foi uma hipocrisia”. Assim o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva definiu ontem, em conversas reservadas, a condenação dos réus petistas do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal. Com o ex-chefe da Casa Civil José Dirceu nas cordas, a estratégia de Lula para dar o troco nos adversários consiste, agora, na cobrança diária do julgamento do “mensalão tucano” e na divulgação de malfeitos que teriam sido cometidos por integrantes do PSDB.
Lula orientou o candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, a bater nessa tecla no segundo turno da campanha. A ofensiva, porém, não está circunscrita ao território paulistano. Sempre que a disputa municipal for contra o PSDB, candidatos petistas têm ordem para desconstruir os tucanos no campo da ética.
“Se querem fazer o debate da ética, vamos fazer”, disse Lula a candidatos do PT e a prefeitos eleitos do partido, com quem se reuniu ontem. Depois, pediu aos petistas que não fiquem acuados. “Nós não precisamos ter medo desse confronto porque não abafamos investigações. Não vamos apanhar calados nem deixar nada sem resposta.”
O ex-presidente telefonou ontem para Dirceu, para José Genoino, que comandou o PT de 2003 a 2005, e também para Delúbio Soares, ex-tesoureiro do partido. Foi um gesto de solidariedade para confortar o trio condenado pelo Supremo, que sempre lhe foi fiel.
Nos últimos dias, Lula conversou muito com o ex-chefe da Casa Civil. Em várias ocasiões, traçou estratégias com ele e o aconselhou a manter o silêncio até a eleição. Nos bastidores do PT, a relação entre os dois é definida assim: Lula fala, Dirceu obedece.
A ideia da nota de desagravo ao ex-presidente, assinada no mês passado por dirigentes de partidos aliados, é um exemplo dessa convivência. O manifesto que defendeu Lula das críticas da oposição, em meio ao julgamento do Supremo, foi produzido a seu pedido, mas passou pelo crivo de Dirceu.
Dobradinha. A estratégia de pôr o mensalão tucano na roda também foi planejada com o ex-ministro. A denúncia atinge o ex-presidente do PSDB Eduardo Azeredo, que foi governador de Minas Gerais.
A situação que mais preocupa o ex-presidente, entre os réus do PT, é a de Genoino. Embora Lula seja muito ligado a Delúbio – sindicalista que levou à direção do PT para cuidar das finanças -, a percepção dele é que o ex-deputado foi o mais prejudicado. A amigos, disse sentir-se em dívida com Genoino porque ele não queria comandar o PT e só aceitou a missão a seu pedido.
Em conversa com a presidente DILMA Rousseff no dia 1.º, em São Paulo, Lula reiterou que o calendário do julgamento do mensalão tinha sido produzido sob medida para provocar dano eleitoral ao PT. DILMA concordou. Apesar de afirmar que “o povo não quer saber se tem mensalão, se é corintiano, se é santista ou palmeirense”, Lula estava preocupado. Desde domingo, porém, começou a mostrar alívio. O PT teve bom desempenho nas urnas e Haddad, seu afilhado, conseguiu ultrapassar um obstáculo e chegar ao segundo turno.
A passagem de Haddad para a próxima etapa da disputa, ressuscitando o tradicional embate entre o PT e o PSDB, foi como um bálsamo para Lula. Agora, ele quer reunir a tropa petista para tentar virar o jogo, fustigando o mensalão tucano.
Heitor Férrer afirma que não irá apoiar nenhum candidato no 2º turno
O pedetista foi o terceiro colocado nas eleições em Fortaleza, com mais de 20% dos votos válidos
Fonte: OPOVO
quinta-feira, 11 de outubro de 2012
Emigrantes apelam a Collor de Melo
Exmo. Senhor Senador Fernando Collor de Mello,
Presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado
Os abaixo-assinados representam numerosas comunidades brasileiras, muitas delas participantes do movimento de cidadania Estado do Emigrante, sequência do movimento Brasileirinhos Apátridas que lutou pela PEC 272/00 e obteve a Emenda Constitucional 54/07, restituindo a nacionalidade brasileira nata para os filhos dos emigrantes.
Representam também de grupos de apoio em redes sociais do Facebook e do Orkut, reunindo milhares de emigrantes, familiares e amigos no Brasil.
Vimos solicitar de Vossa Senhoria e da Comissão de Relações Exteriores, que preside, uma reformulação da atual política brasileira de emigração.
Com efeito, a criação há dois anos de um simples Conselho de emigrantes (CRBE) é por nós considerada minimalista, pois confinou os representantes dos emigrantes ali reunidos, sob a tutela do Itamaraty, num mero microórgão de assessoria e interlocução, sem qualquer possibilidade de tomar iniciativas próprias e sequer capaz de contatar as comunidades brasileiras do exterior por não dispor de recursos ou verbas.
Os emigrantes abaixo-assinados, depois de reuniões e debates com emigrantes em diversas cidades como Nova Iorque, Boston, Newark, Berlim, Zurique, Bienne, Bruxelas e Genebra, e troca de informações e debates via redes sociais do Facebook e Orkut, decidiram tornar pública a necessidade de se criar, ao nível federal, alguma coisa mais concreta, em termos de representatividade e condições de decisão.
Fonte: Correio do Brasil
Leia a matéria completa:
Presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado
Os abaixo-assinados representam numerosas comunidades brasileiras, muitas delas participantes do movimento de cidadania Estado do Emigrante, sequência do movimento Brasileirinhos Apátridas que lutou pela PEC 272/00 e obteve a Emenda Constitucional 54/07, restituindo a nacionalidade brasileira nata para os filhos dos emigrantes.
Representam também de grupos de apoio em redes sociais do Facebook e do Orkut, reunindo milhares de emigrantes, familiares e amigos no Brasil.
Vimos solicitar de Vossa Senhoria e da Comissão de Relações Exteriores, que preside, uma reformulação da atual política brasileira de emigração.
Com efeito, a criação há dois anos de um simples Conselho de emigrantes (CRBE) é por nós considerada minimalista, pois confinou os representantes dos emigrantes ali reunidos, sob a tutela do Itamaraty, num mero microórgão de assessoria e interlocução, sem qualquer possibilidade de tomar iniciativas próprias e sequer capaz de contatar as comunidades brasileiras do exterior por não dispor de recursos ou verbas.
Os emigrantes abaixo-assinados, depois de reuniões e debates com emigrantes em diversas cidades como Nova Iorque, Boston, Newark, Berlim, Zurique, Bienne, Bruxelas e Genebra, e troca de informações e debates via redes sociais do Facebook e Orkut, decidiram tornar pública a necessidade de se criar, ao nível federal, alguma coisa mais concreta, em termos de representatividade e condições de decisão.
Fonte: Correio do Brasil
Leia a matéria completa:
quarta-feira, 10 de outubro de 2012
Brasil tem 98% do Nióbio mundial.
Nióbio, o metal que só o Brasil fornece ao mundo. Uma riqueza que o povo brasileiro desconhece, e tudo fazem para que isso continue assim.
Como é possível o fato do Brasil ser o único fornecedor mundial de nióbio (98% das jazidas desse metal estão aqui), sem o qual não se fabricam turbinas, naves espaciais, aviões, mísseis, centrais elétricas e super aços; e seu preço para a venda, além de muito
Como é possível o fato do Brasil ser o único fornecedor mundial de nióbio (98% das jazidas desse metal estão aqui), sem o qual não se fabricam turbinas, naves espaciais, aviões, mísseis, centrais elétricas e super aços; e seu preço para a venda, além de muito
baixo, seja fixado pela Inglaterra, que não tem nióbio algum?
EUA, Europa e Japão são 100% dependentes do nióbio brasileiro. Como é possível em não havendo outro fornecedor, que nos sejam atribuídos apenas 55% dessa produção, e os 45% restantes saindo extra-oficialmente, não sendo assim computados.
Estamos perdendo cerca de14 bilhões de dólares anuais, e vendendo o nosso nióbio na mesma proporção como se a Opep vendesse a 1 dólar o barril de petróleo. Mas petróleo existe em outras fontes, e o nióbio só no Brasil; podendo ser uma outra moeda nossa. Não é uma descalabro alarmante?
O publicitário Marcos Valério, na CPI dos Correios, revelou na TV para todo o Brasil, dizendo: “O dinheiro do mensalão não é nada, o grosso do dinheiro vem do contrabando do nióbio”. E ainda: “O ministro José Dirceu estava negociando com bancos, uma mina de nióbio na Amazônia”.
EUA, Europa e Japão são 100% dependentes do nióbio brasileiro. Como é possível em não havendo outro fornecedor, que nos sejam atribuídos apenas 55% dessa produção, e os 45% restantes saindo extra-oficialmente, não sendo assim computados.
Estamos perdendo cerca de14 bilhões de dólares anuais, e vendendo o nosso nióbio na mesma proporção como se a Opep vendesse a 1 dólar o barril de petróleo. Mas petróleo existe em outras fontes, e o nióbio só no Brasil; podendo ser uma outra moeda nossa. Não é uma descalabro alarmante?
O publicitário Marcos Valério, na CPI dos Correios, revelou na TV para todo o Brasil, dizendo: “O dinheiro do mensalão não é nada, o grosso do dinheiro vem do contrabando do nióbio”. E ainda: “O ministro José Dirceu estava negociando com bancos, uma mina de nióbio na Amazônia”.
Genoino deixa cargo na Defesa e se diz indignado
SÃO PAULO, 10 Out (Reuters) - O ex-presidente do PT José Genoino anunciou nesta quarta-feira que deixa o cargo de assessor que ocupa no Ministério da Defesa após sua condenação na ação penal do chamado mensalão no Supremo Tribunal Federal. Genoino declarou-se indignado com a decisão do Supremo e disse ser vítima de "injustiça monumental".
Fonte: Yahoo
Fonte: Yahoo
Joaquim Barbosa é eleito presidente do STF
Com nove votos a favor e um contra, o ministro Joaquim Barbosa foi eleito nesta quarta presidente do Supremo Tribunal Federal - STF pelos próximos dois anos. Relator do processo do mensalão, Barbosa assumirá a presidência da Corte em novembro, com a aposentadoria compulsória do ministro Carlos Ayres Britto. A escolha ocorre um dia depois de o tribunal ter formado maioria para condenar o ex-ministro chefe da Casa Civil José Dirceu, principal réu do mensalão, por corrupção ativa.
Pela tradição do colegiado, o ministro não vota em si mesmo, mas vota em seu futuro vice-presidente. Por isso ocorreu um voto contrário. Em seguida, Ricardo Lewandowski foi eleito para a função de vice-presidente.
Coube ao ministro Celso de Mello, o decano do tribunal, saudar a eleição de Barbosa. Para Mello, a escolha de Barbosa manteve a tradição da Corte de escolher seu próprio presidente. O ministro lembrou que nem sempre o "autogoverno" do Supremo prevaleceu na história do tribunal. "Tenho certeza de que, agindo com sabedoria, prudência e segurança, (Joaquim Barbosa) saberá superar os obstáculos", destacou o decano.
Pela tradição do colegiado, o ministro não vota em si mesmo, mas vota em seu futuro vice-presidente. Por isso ocorreu um voto contrário. Em seguida, Ricardo Lewandowski foi eleito para a função de vice-presidente.
Coube ao ministro Celso de Mello, o decano do tribunal, saudar a eleição de Barbosa. Para Mello, a escolha de Barbosa manteve a tradição da Corte de escolher seu próprio presidente. O ministro lembrou que nem sempre o "autogoverno" do Supremo prevaleceu na história do tribunal. "Tenho certeza de que, agindo com sabedoria, prudência e segurança, (Joaquim Barbosa) saberá superar os obstáculos", destacou o decano.
Kassab investe R$ 1,2 milhão no Grupo Abril.
Uma semana antes de ser personagem de capa da edição de São Paulo da revista semanal de ultradireita Veja, a Vejinha, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, investiu R$ 493 mil dos cofres da administração municipal na compra de uma publicação do Grupo Abril, o mesmo de Veja. Segundo revelou o blogue de Luis Nassif, a aquisição de assinaturas da Nova Escola diretamente da Fundação Victor Civita foi publicada em 20 de setembro no Diário Oficial do Município.
Menos de dez dias depois, Kassab teve o corpo estampado em capa daVejinha que questionava: “Será que estamos sendo justos com ele?”. Em reportagem, a revista questionava se os altos índices de rejeição do prefeito, que encerra mandato em dezembro, correspondem aos resultados da atual gestão, que, no entender do Grupo Abril, são positivos.
Falta pouco Lula.
Dirceu entra para a História desta vez pela porta dos fundos, no mensalão do PT
O dia histórico em que o ex-todo-poderoso ministro petista José Dirceu foi condenado por corrupção ativa pelo Supremo Tribunal Federal foi marcado pelas atitudes de dois ministros, ambas marcantes no transcurso do julgamento. Dirceu entra para a História desta vez pela porta dos fundos, enquanto a ministra Cármen Lúcia diz que não está a julgar o passado de Genoino, também condenado, mas sua atuação nos crimes relatados nos autos.
Cármen Lucia, de quem Dirceu tinha esperanças de receber a absolvição, não apenas o condenou como registrou sua estupefação diante da defesa do advogado Arnaldo Malheiros, que tratou o que chamou de caixa dois eleitoral como se fosse uma coisa normal na atividade política.
O dia histórico em que o ex-todo-poderoso ministro petista José Dirceu foi condenado por corrupção ativa pelo Supremo Tribunal Federal foi marcado pelas atitudes de dois ministros, ambas marcantes no transcurso do julgamento. Dirceu entra para a História desta vez pela porta dos fundos, enquanto a ministra Cármen Lúcia diz que não está a julgar o passado de Genoino, também condenado, mas sua atuação nos crimes relatados nos autos.
Cármen Lucia, de quem Dirceu tinha esperanças de receber a absolvição, não apenas o condenou como registrou sua estupefação diante da defesa do advogado Arnaldo Malheiros, que tratou o que chamou de caixa dois eleitoral como se fosse uma coisa normal na atividade política.
segunda-feira, 8 de outubro de 2012
Uma análise do mensalão - Nelson Motta
Se o mensalão não tivesse existido, ou se não fosse descoberto, ou se Roberto Jefferson não o denunciasse, muito provavelmente não seria Dilma, mas Zé Dirceu o ocupante do Palácio da Alvorada, de o
nde certamente nunca mais sairia.
Roberto Jefferson tem todos os motivos para exigir seu crédito e nossa eterna gratidão por seu feito heroico:
"Eu salvei o Brasil do Zé Dirceu."
Em 2005, Dirceu dominava o governo e o PT, tinha Lula na mão, era o candidato natural à sua sucessão. E passaria como um trator sobre quem ousasse se opor à sua missão histórica. Sua companheira de armas Dilma Rousseff poderia ser, no máximo, sua Chefe da Casa Civil, ou presidente da Petrobras.
Com uma campanha milionária comandada por João Santana, bancada por montanhas de recursos não contabilizados arrecadados pelo nosso Delúbio, e Lula com 85% de popularidade animando os palanques, massacraria Serra no primeiro turno e subiria a rampa do Planalto nos braços do povo, com o grito de guerra ecoando na Esplanada: "Dirceu guerreiro/ do povo brasileiro." Ufa!
A Jefferson também devemos a criação do termo "mensalão".
Ele sabia que os pagamentos não eram mensais, mas a periodicidade era irrelevante. O importante era o dinheirão. Foi o seu instinto marqueteiro que o levou a cunhar o histórico apelido que popularizou a Ação Penal 470 e gerou a aviltante condição de "mensaleiro", que perseguirá para sempre até os eventuais absolvidos.
O que poderia expressar melhor a ideia de uma conspiração para controlar o Estado com uma base parlamentar comprada com dinheiro público e sujo?
Nem Nizan Guanaes, Duda Mendonça e Washington Olivetto juntos criariam uma marca mais forte e eficiente.
Mas antes de qualquer motivação política, a explosão do maior escândalo do Brasil moderno é fruto de um confronto pessoal, movido pelos instintos mais primitivos, entre Jefferson e Dirceu.
Como Nina e Carminha da política, é a história de uma
vingança suicida, uma metáfora da luta do mal contra o mal, num choque de titãs em que se confundem o épico e o patético, o trágico e o cômico, a coragem e a vilania. Feitos um para o outro.
O "chefe" sempre foi José Dirceu. Combativo, inteligente,
universitário - não sei se completou o curso - fala vários idiomas, treinado em Cuba e na Antiga União Soviética, entre outras coisas. E com uma fé cega em implantar a Ditadura do Proletariado a "La Cuba".
Para isso usou e abusou de várias pessoas e, a mais importante - pelos resultados alcançados - era Lula. Ignorante, iletrado, desonesto, sem ideais, mas um grande manipulador de pessoas, era o joguete ideal para o inspirado José Dirceu.
Lula não tinha caráter nem ética, e até contava, entre risos, que sua família só comia carne quando seu irmão "roubava" mortadela no mercado onde trabalhava. Ou seja, o padrão ético era frágil .
E ele, o Dirceu, fizera tudo direitinho, estava na hora de colher os frutos e implantar seu sonho no país.
Aí surgiu Roberto Jefferson... e deu no que deu.
Roberto Jefferson tem todos os motivos para exigir seu crédito e nossa eterna gratidão por seu feito heroico:
"Eu salvei o Brasil do Zé Dirceu."
Em 2005, Dirceu dominava o governo e o PT, tinha Lula na mão, era o candidato natural à sua sucessão. E passaria como um trator sobre quem ousasse se opor à sua missão histórica. Sua companheira de armas Dilma Rousseff poderia ser, no máximo, sua Chefe da Casa Civil, ou presidente da Petrobras.
Com uma campanha milionária comandada por João Santana, bancada por montanhas de recursos não contabilizados arrecadados pelo nosso Delúbio, e Lula com 85% de popularidade animando os palanques, massacraria Serra no primeiro turno e subiria a rampa do Planalto nos braços do povo, com o grito de guerra ecoando na Esplanada: "Dirceu guerreiro/ do povo brasileiro." Ufa!
A Jefferson também devemos a criação do termo "mensalão".
Ele sabia que os pagamentos não eram mensais, mas a periodicidade era irrelevante. O importante era o dinheirão. Foi o seu instinto marqueteiro que o levou a cunhar o histórico apelido que popularizou a Ação Penal 470 e gerou a aviltante condição de "mensaleiro", que perseguirá para sempre até os eventuais absolvidos.
O que poderia expressar melhor a ideia de uma conspiração para controlar o Estado com uma base parlamentar comprada com dinheiro público e sujo?
Nem Nizan Guanaes, Duda Mendonça e Washington Olivetto juntos criariam uma marca mais forte e eficiente.
Mas antes de qualquer motivação política, a explosão do maior escândalo do Brasil moderno é fruto de um confronto pessoal, movido pelos instintos mais primitivos, entre Jefferson e Dirceu.
Como Nina e Carminha da política, é a história de uma
vingança suicida, uma metáfora da luta do mal contra o mal, num choque de titãs em que se confundem o épico e o patético, o trágico e o cômico, a coragem e a vilania. Feitos um para o outro.
O "chefe" sempre foi José Dirceu. Combativo, inteligente,
universitário - não sei se completou o curso - fala vários idiomas, treinado em Cuba e na Antiga União Soviética, entre outras coisas. E com uma fé cega em implantar a Ditadura do Proletariado a "La Cuba".
Para isso usou e abusou de várias pessoas e, a mais importante - pelos resultados alcançados - era Lula. Ignorante, iletrado, desonesto, sem ideais, mas um grande manipulador de pessoas, era o joguete ideal para o inspirado José Dirceu.
Lula não tinha caráter nem ética, e até contava, entre risos, que sua família só comia carne quando seu irmão "roubava" mortadela no mercado onde trabalhava. Ou seja, o padrão ético era frágil .
E ele, o Dirceu, fizera tudo direitinho, estava na hora de colher os frutos e implantar seu sonho no país.
Aí surgiu Roberto Jefferson... e deu no que deu.
terça-feira, 2 de outubro de 2012
Conta de luz: o golpe é ainda pior.
Não são “apenas” 7, mas sim ONZE BILHÕES de reais devidos aos consumidores. Além disso, o governo pagará (com nosso dinheiro) R$ 21 bilhões às concessionárias e quase CINCO BILHÕES para custear programas que perderão subsídio. Por fim, em vez de fazer novo leilão (buscando menor preço), as concessões de energia elétrica serão prorrogadas por TRINTA ANOS.
Veja matéria completa em: http://www.implicante.org
O pior cego é aquele que não quer ver.
‘TAPAR O SOL COM A PENEIRA’, por Ferreira Gullar
Publicado na Folha de Sao Paulo de 01/10/2012
Gostaria de deixar claro que não tenho nada de pessoal contra o ex-presidente Lula, nem nenhum compromisso partidário, eleitoral ou ideológico com ninguém. Digo isso porque, nesta coluna, tenho emitido, com alguma frequência, opiniões críticas sobre a atuação do referido político, o que poderia levar o
leitor àquela suposição.
Não resta dúvida de que tenho sérias restrições ao seu comportamento e especificamente a certas declarações que emite, sem qualquer compromisso com a verdade dos fatos. E, se o faço, é porque o tenho como um líder político importante, capaz de influir no destino do país. Noutras palavras, o que ele diz e faz, pela influência de que desfruta, importa a todos nós.
E a propósito disso é que me surpreende a facilidade com que faz afirmações que só atendem a sua conveniência, mas sem qualquer compromisso com a verdade. É certo que o faz sabendo que não enganará as pessoas bem informadas, mas sim aquelas que creem cegamente no que ele diga, seja o que for.
Exemplo disso foi a entrevista que deu a um repórter do New York Times, quando voltou a afirmar que o mensalão é apenas uma invenção de seus adversários políticos. E vejam bem, ele fez tal afirmação quando o Supremo Tribunal Federal já julgava os acusados nesse processo e já havia condenado vários deles. Afirmar o que afirmou em tais circunstâncias mostra o seu total descompromisso com a verdade e total desrespeito com às instituições do Estado brasileiro.
Pode alguém admitir que a mais alta corte de Justiça do país aceitaria, como procedentes, acusações que fossem meras invenções de políticos e jornalistas irresponsáveis?
E mais: os ministros do STF passaram sete anos analisando os autos desse processo, tempo mais que suficiente para avaliá-lo. Afirmar, como faz Lula, que tudo aquilo é mera invenção equivale a dizer, implicitamente, que os ministros do STF são coniventes com uma grande farsa.
Mas o descompromisso de Lula com os fatos parece não ter limites. Para levar o entrevistador do “NYT” a crer na sua versão, disse que não precisava comprar votos, pois, ao assumir a Presidência, contava com a maioria dos deputados federais.
Não contava. Os verdadeiros dados são os seguintes: o PT elegera 91 deputados; o PSB, 24; o PL; 26; o PC do B, 12, num total de 153 deputados. Mesmo com os eleitos por partidos menores, cuja adesão negociava, não alcançava a metade mais um dos membros da Câmara Federal.
Cabe observar que ele não disse ao jornalista norte-americano que não comprou os deputados porque seria indigno fazê-lo. Disse que não os comprou porque tinha maioria, ou seja, não necessitava comprá-los. Pode-se deduzir, então, que, como na verdade necessitava, os comprou. Não há que se surpreender, Lula é isso mesmo. Sempre o foi, desde sua militância no sindicato. Para ele, não há valores: vale o que o levar ao poder ou o mantiver nele.
Sucede que, apesar do que diga, ninguém mais duvida de que houve o mensalão. Pior ainda, corre por aí que o Marcos Valério está disposto a pôr a boca no mundo e contar que o verdadeiro chefe da patranha era o Lula mesmo, como, aliás, sempre esteve evidente. E já o procurador-geral da República declarou que, se os dados se confirmarem, o processará. É nessas horas que o Lula falastrão se cala e desaparece. Às vezes, chama Dilma para defendê-lo.
Desta vez, chamou o Rui Falcão, presidente do PT, para articular o apoio dos líderes da base política do governo. Disso resultou um documento desastroso, que chega ao ponto de acusar o Supremo de perpetrar um golpe de Estado contra a democracia, equivalente aos golpes que derrubaram Vargas e João Goulart. Pode? Vargas e Goulart, como se sabe, foram depostos pela extrema direita com o apoio de militares golpistas.
O julgamento do STF realiza-se às claras, à vista de milhões de telespectadores. Não é uma conspiração. Ele desempenha as funções que a Constituição lhe atribui. E que golpe é esse contra um político que não está no poder?
O tal manifesto só causou constrangimento. O governador Eduardo Campos, de Pernambuco, deu a entender que foi forçado a assiná-lo, após rejeitar três versões dele. Enfim, mais um vexame. Só que Lula, nessas horas, não aparece. Manda alguém fazer por ele, seja um manifesto, seja um mensalão.
Publicado na Folha de Sao Paulo de 01/10/2012
Gostaria de deixar claro que não tenho nada de pessoal contra o ex-presidente Lula, nem nenhum compromisso partidário, eleitoral ou ideológico com ninguém. Digo isso porque, nesta coluna, tenho emitido, com alguma frequência, opiniões críticas sobre a atuação do referido político, o que poderia levar o
leitor àquela suposição.
Não resta dúvida de que tenho sérias restrições ao seu comportamento e especificamente a certas declarações que emite, sem qualquer compromisso com a verdade dos fatos. E, se o faço, é porque o tenho como um líder político importante, capaz de influir no destino do país. Noutras palavras, o que ele diz e faz, pela influência de que desfruta, importa a todos nós.
E a propósito disso é que me surpreende a facilidade com que faz afirmações que só atendem a sua conveniência, mas sem qualquer compromisso com a verdade. É certo que o faz sabendo que não enganará as pessoas bem informadas, mas sim aquelas que creem cegamente no que ele diga, seja o que for.
Exemplo disso foi a entrevista que deu a um repórter do New York Times, quando voltou a afirmar que o mensalão é apenas uma invenção de seus adversários políticos. E vejam bem, ele fez tal afirmação quando o Supremo Tribunal Federal já julgava os acusados nesse processo e já havia condenado vários deles. Afirmar o que afirmou em tais circunstâncias mostra o seu total descompromisso com a verdade e total desrespeito com às instituições do Estado brasileiro.
Pode alguém admitir que a mais alta corte de Justiça do país aceitaria, como procedentes, acusações que fossem meras invenções de políticos e jornalistas irresponsáveis?
E mais: os ministros do STF passaram sete anos analisando os autos desse processo, tempo mais que suficiente para avaliá-lo. Afirmar, como faz Lula, que tudo aquilo é mera invenção equivale a dizer, implicitamente, que os ministros do STF são coniventes com uma grande farsa.
Mas o descompromisso de Lula com os fatos parece não ter limites. Para levar o entrevistador do “NYT” a crer na sua versão, disse que não precisava comprar votos, pois, ao assumir a Presidência, contava com a maioria dos deputados federais.
Não contava. Os verdadeiros dados são os seguintes: o PT elegera 91 deputados; o PSB, 24; o PL; 26; o PC do B, 12, num total de 153 deputados. Mesmo com os eleitos por partidos menores, cuja adesão negociava, não alcançava a metade mais um dos membros da Câmara Federal.
Cabe observar que ele não disse ao jornalista norte-americano que não comprou os deputados porque seria indigno fazê-lo. Disse que não os comprou porque tinha maioria, ou seja, não necessitava comprá-los. Pode-se deduzir, então, que, como na verdade necessitava, os comprou. Não há que se surpreender, Lula é isso mesmo. Sempre o foi, desde sua militância no sindicato. Para ele, não há valores: vale o que o levar ao poder ou o mantiver nele.
Sucede que, apesar do que diga, ninguém mais duvida de que houve o mensalão. Pior ainda, corre por aí que o Marcos Valério está disposto a pôr a boca no mundo e contar que o verdadeiro chefe da patranha era o Lula mesmo, como, aliás, sempre esteve evidente. E já o procurador-geral da República declarou que, se os dados se confirmarem, o processará. É nessas horas que o Lula falastrão se cala e desaparece. Às vezes, chama Dilma para defendê-lo.
Desta vez, chamou o Rui Falcão, presidente do PT, para articular o apoio dos líderes da base política do governo. Disso resultou um documento desastroso, que chega ao ponto de acusar o Supremo de perpetrar um golpe de Estado contra a democracia, equivalente aos golpes que derrubaram Vargas e João Goulart. Pode? Vargas e Goulart, como se sabe, foram depostos pela extrema direita com o apoio de militares golpistas.
O julgamento do STF realiza-se às claras, à vista de milhões de telespectadores. Não é uma conspiração. Ele desempenha as funções que a Constituição lhe atribui. E que golpe é esse contra um político que não está no poder?
O tal manifesto só causou constrangimento. O governador Eduardo Campos, de Pernambuco, deu a entender que foi forçado a assiná-lo, após rejeitar três versões dele. Enfim, mais um vexame. Só que Lula, nessas horas, não aparece. Manda alguém fazer por ele, seja um manifesto, seja um mensalão.
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